Neste domingo o Brasil passa por uma data importante, entre outras marcadas no calendário anual como a data da democracia brasileira. Que se faz valer neste domingo com a liberdade de seu voto. Mas será que essa democracia faz valer-se, para sempre?
   Isto veremos com o novo governo a partir de 1º de janeiro após o novo presidente da república assumir o seu cargo.
   Há muitos anos atrás já se analisava os tipos de governo e Montesquieu descreve três tipos: a República, a Monarquia e o Despotismo. "Suponho três definições, ou antes, três fatos: um é o de que o governo republicano é aquele em que o povo, coletivamente, ou só uma parte do povo, tem o poder soberano; no monárquico, um só governa, mas por meio de leis fixas e estabelecidas; no despotismo, porém, uma só pessoa, sem lei e sem regras, tudo arrasta com sua vontade e seus caprichos." O espírito das leis, livro II (Aron, Raymond, As etapas do pensamento sociológico).
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Raymond Aron em seu livro As etapas do pensamento sociológico define: "A república se baseia numa organização igualitária das relações entre os membros da coletividade...Quanto ao despotismo, ele marca o retorno à igualdade. Porém, se a igualdade republicana é uma igualdade na virtude e na participação de todos no poder soberano, a igualdade despótica é a igualdade no medo, na impotência e na não-participação no poder soberano."
   Max Weber chamaria de três tipos ideais: o da cidade antiga, Estado de pequenas dimensões, governado como republica, democracia ou aristocracia; o tipo ideal da monarquia européia, cuja essência é a diferenciação das ordens sociais, uma monarquia legal e moderada; e, por fim, o tipo ideal do despotismo asiático, Estado de grande extensão, com o poder absoluto nas mãos de uma só pessoa, constituindo a religião o único limite da arbitrariedade do soberano. Nesse tipo social a igualdade é restaurada, mas com a impotência de todos. (Aron, Raymond, As etapas do pensamento sociológico).
   Por tanto é importante saber em quem votar, analisando os conceitos de liberdade e direitos iguais, sem classificação de poder, e qualidade social. Somos humanos que vive da mesma terra e que somos dividido por uma linha imaginária criada por homens para dividir, disputar poder.
   Devemos votar pela razão e não pela emoção e ódio que divide cada vez mais os brasileiros, onde sempre os mais pobres e os que lutam por eles são perseguidos e humilhados, e que se perpetuam em discursos ditatoriais e ódios de pessoas que sempre foram e são usados para disseminar o ódio e o preconceito, principalmente com os nordestino que sempre sofre com rigorosa força da natureza, e que sempre serviu de escravos sendo aproveitado por grandes empresários na área da construção civil e demais, nas regiões centro-oeste e sul. Que apesar da falta de chuva na região nordeste somos um povo batalhador, que não desiste acima de tudo, a fé do sertanejo correndo forte na veia.
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E para finalizar o que está em risco não é acabar com a corrupção, é diminuir o poder da democracia, o poder soberano da população mais pobre, que vive enfraquecida. É o ódio disseminado na população que foi criado para odiar, servindo-o de fantoche, sendo engando, usado e segando-o do poder absoluto, o poder de uma só pessoa. Colocando em risco toda riqueza, liberdade dos brasileiros onde o rico cada vez fica mais rico e o pobre cada vez fica mais pobre. Como descreve Raymond Aron em seu livro o pensamento de Montesquieu "O despotismo asiático é o deserto da servidão. O soberano absoluto é o único, todo-poderoso...mas, quaisquer que sejam as relações entre déspota e os que a cercam, não há classes sociais em equilíbrio, ordens ou níveis hierárquicos estáveis... O medo pesa sobre milhões de pessoas, através de imensos espaços, onde o Estado só se pode manter sob a condição de que um só governe com poder absoluto."
   É uma questão de fato, de saber se uma vitoria ou derrota militar foi provocada pela corrupção do Estado ou por erros de técnica ou tática.( Aron, Raymond - As etapas do pensamento sociológico)
   Em seu livro Raymond Aron cita que não devemos esquecer de uma frase famosa "Todas as monarquias se vão perder no despotismo, como todos rios no mar".