Quanto vale uma vida? Será que a justiça é justa? Todos são iguais perante a lei?
Estas são perguntas fáceis de responder, ao mesmo tempo que suas respostas são contestadas. Vimos muitos episódios onde essas questões tem peso maior quando se trata de condições financeiras perante a lei, a justiça deste país.
O que deixa mais intrigado é ver que, aqueles que tem condições financeiras pode pagar por atos cometidos, o seu erro/crime tem valor, enquanto o pobre tem que ser punido e cumprir a lei por mais absurda que for. Mesmo no Seculo XXI, em 2020, tivemos uma negligencia sem tamanho, vimos noticiar sem muita enfase, nem se quer a pessoa culpada teve sua foto revelada, dando a impressão, causando revolta a população, como acontece com demais casos noticiados.
A empregada domestica precisou levar seu filho para o trabalho, durante seu turno de trabalho, vai colocar os cachorros dos patões para passear, necessitando deixar seu filho aos cuidados da patroa. Seu filho é abandonado dentro de um elevador, sem menor importância da patroa, onde seus cachorros é mais importante do que um ser humano. Uma criança de apenas 5 anos de idade, chega ao 9º andar quando cai da sacada. A criança é encontrada no chão pela sua mãe quando volta do passeio com os cachorros, a criança ainda estava respirando, mas, sem nenhum movimento.
Imagina a dor desta mãe, onde teve que largar o filho para cuidar de cachorros, e seu filho não teve valor nenhum, nem mereceu a metade do cuidado que os cachorros dos patrões teve.
Agora vamos imaginar se um dos filhos dos patrões sofre um acidente enquanto estivesse aos cuidados da empregada domestica? ou até mesmo, um dos cachorros tivesse se acidentado?
Com certeza a reportagem, e a própria justiça agiriam diferente. Como fala a empregada domestica e mãe da criança: "já pensou se fosse o contrário minha cara estava estampada em todos os lugares", diz a empregada e mãe, desesperada em prantos.
Uma vida, de uma criança de 5 anos, negra, filho de uma empregada domestica, R$ 20 mil foi o que custou, uma vida cheia de esperança.
Será mesmo que somos iguais perante a lei?
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