Imagem do Google (Revista Forum) |
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento preliminar para apurar possíveis crimes de tráfico de influência e lavagem de dinheiro envolvendo um grupo empresarial do setor de mineração e Jair Renan Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro. Jair Renan teria recebido um carro elétrico de representantes da Gramazini Granitos e Mármores Thomazini, avaliado em R$ 90 mil.
Em outubro do ano passado, a empresa conseguiu agendar um encontro com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, do qual também participou Renan, um mês após a doação.
A proximidade de Renan com a Gramazini e outras companhias despertou a atenção do Ministério Público Federal (MPF), que instaurou um procedimento preliminar para apurar “possíveis crimes de tráfico de influência e lavagem de dinheiro”.
O advogado Frederick Wassef, que representa Renan, e também o irmão mais velho de Renan, Flávio Bolsonaro, negou a acusação de tráfico de influência contra o filho “04” de Bolsonaro, disse que o jovem não possui nenhum carro, nem foi presenteado.
Não é a primeira vez que a atuação de Jair Renan junto a empresas chama a atenção. Em dezembro do ano passado, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) entrou com uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitando que o “filho 04” do presidente fosse investigado por eventual crime de tráfico de influência e lavagem de dinheiro.
O pedido do parlamentar teve como base reportagens da revista Veja e do portal UOL a respeito da empresa de Renan. Dentre os episódios narrados, há um em que o jovem levou um empresário do Espírito Santo para uma reunião com o ministério do Desenvolvimento Regional, intermediado por um assessor do Planalto.
O filho do presidente também teria intermediado junto ao governo uma redução no IPI do setor de videogames. Renan é “gamer” e, em agosto do ano passado, participou de reunião com o secretário de Cultura, Mário Frias, para tratar do “futuro dos e-Sports”. A isenção do IPI para o deve resultar numa renúncia fiscal de mais de R$ 80 milhões até 2022.
Procuradas pela reportagem, a Gramazini Granitos e a Mármores Thomazini não responderam até a publicação desta reportagem.
Fonte: IstoÉ
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